05 dezembro 2007

Saudade


Voltei a encontrar-te
No meio de uma lista pessoal,
De presentes menos pessoais

Já não estás,
Nem chegaste a estar no ano passado
Partiste, sem aviso,

Custa-me não te incluir na nova lista

Sabes, nunca cheguei a perceber,
Se eras mesmo austero,
Se eras apenas rezingão

Porque te obrigaram a crescer
Antes de deixares de ser menino,
Mostravaste duro

Fazias pedra as emoções,
Que querias simular inexistentes,
Eras calado, tão calado

Vi-te partir, quase nos meus braços,
Sem te conseguir salvar,
Adormeceste para sempre

Ela, implacável,
Deixou o teu corpo,
Inerte, quieto

Resta a tua imagem na minha cabeça,
O teu cheiro nas tuas coisas,
A tua presença no ar que enche a casa

Resta a saudade


8 comentários:

Anónimo disse...
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Patrícia Nave disse...

Caro Anónimo,

Este texto é dedicado ao meu avô... De quem tenho muitas saudades, ele, infelizmente, não me poderia ter ligado,já morreu...

:(

Anónimo disse...
Este comentário foi removido por um gestor do blogue.
Patrícia Nave disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Anónimo disse...
Este comentário foi removido por um gestor do blogue.
Anónimo disse...
Este comentário foi removido por um gestor do blogue.
Anónimo disse...
Este comentário foi removido por um gestor do blogue.
Patrícia Nave disse...

Acho bastante triste o que se passou aqui...

Gosto que me visitem, gosto que comentem, mas não havia necessidade desta merda, principalmente no post que é!!!

Anónimo, não sei quem és, e é melhor mesmo que não te identifiques porque a tua mensagem foi mesmo parva! Associares este post a um romance só revelou que não me conheces mesmo!

Rafa, sei que o teu humor é mesmo assim, mas de vez em quando tens de te moderar!

Zé, acho que o comentário do anónimo não era directamente para ti, de qualquer das formas, como isto não faz sentido nenhum, e, como neste post não quero "lavar roupa suja" apaguei tudo.

Agradeço que me respeitem e que respeitem o sentimento que tenho pelo ente querido que me levou a escrever este texto de saudade!