05 março 2008

Fruto da auto-satisfação


(http://www.picarelli.com.br/fotolegendas/fotolegenda072005h.htm)


Quando penso na concepção de um novo ser, idealizo um encontro romântico a anteceder, uma paixão descontrolada, dois corpos que se tornam em um, momentos de amor transcendente, felicidade suprema de alguém que quer dar continuidade ao que sente criando uma nova vida para além de si...
Mas, veio-me à cabeça um pensamento, parvo, é certo, mas lembrei-de disto, está a atormentar-me e tenho de partilhar a minha parvoeira:
Ser fruto de uma fertilização "in vitro" pode ser tão, ou mais traumatizante que descobrir, ao fim de muitos e muitos anos, que afinal se é adoptado!
Porquê?
Porque todo aquele cenário idílico, do romantismo, da paixão, dos dois corpos transformados em um, amor transcendente, blá, blá, blá... é substituído por uma ida do pai a um gabinete, com um frasquinho numa mão e um DVD da "Garganta Funda" na outra...

E isto, de se ser fruto de uma variante avançada da auto-satisfação, dá que pensar, perde-se o romantismo...

6 comentários:

Sinderela disse...

Para além dos traumas causados por uma mãe que durante a gravidez, acumulou caprichos e desejos não realizados, uma vez que tinha como "companheiro" um boião sujo!

Patrícia Nave disse...

Sinderela,

Já viste?! Não me tinha eu lembrado disso! É o que dá nunca ter estado "prenha"!!!

;)

Rakel Macedo disse...

:) Lamento não partilhar a 100% dessa opinião radical. Se um filho for informado, à medida que cresce e com respostas adequadas à sua idade, vai entender perfeitamente quais os motivos que levaram os pais, ou só a mãe no caso de ser mãe solteira, a tomar essa decisão.
Para muitos casais, engravidar já tem pouco a ver com romantismo pois se não recorrerem à Gravidez assistida poderão nunca ter filhos... Então a criança vai crescer a saber o quanto foi amada pelos pais... Mesmo antes de ser concebida...

Eu não tive qualquer dificuldade em engravidar (confesso que foi um «acidente de percurso) mas sempre me tinha sido dito que eu não fazia a ovulação (sim, sim por um ginecologista, agora tinha vontade de lhe estampar com a Carolina nas trombas e dizer «estás a ver a minha não ovulação?» lol). E sei que nunca iria desistir de ser mãe, mesmo que tivesse que recorrer a técnicas «desesperadas...


Beijinhos

Patrícia Nave disse...

Rakel,

Olhando para a questão de uma forma séria e adulta concordo completamente com a tua opinião!

Mas este texto não foi escrito, nem pensado, de uma forma séria e adulta, é uma sátira, da forma como coisas iguais podem ser perspectivadas de forma diferente, só isso!

Beijinhos e passa sempre!

Anónimo disse...

Estou de Greve, e como tal, não comento!!!!

Patrícia Nave disse...

Verdadeiro Anónimo,

Eu tentei registar-me no "Olhares" para poder comentar as fotos fantásticas que tu tiras, tal como me pediste, mas não consegui encontrar a tua galeria! :s

Como a menina é cool, até te dá um espaço de borla para publicitares, que tal, num comentário colocares o link???