Vive-se o último dia do ano, normal, como todos os outros, tirando a fobia da preparação daquela que é a festarola que marca um fim anunciado e um começo que se espera melhor!
Incongruência das incongruências, a partir da meia noite não se pode fumar na maioria dos locais públicos fechados!
Questão:
Será que no momento em que toca a décima segunda badalada temos de apagar todos os cigarros?
Se sim, este ano não vou comer passas, até porque não gosto e não me vai custar, vou antes fazer uma contagem decrescente com doze passas (longas) de cigarro!
Mas, a maior incongruência:
Não podemos fumar, nem no restaurante, nem no café, nem na discoteca, nem num concerto, mas, se quisermos, podemos sair de qualquer de um destes locais, dirigir-nos a um centro hospitalar e dizer:
- Olhe, se faz favor, é para fazer um aborto, é que andei na maluqueira, mas agora apercebi-me, de repente, que não me apetece ter um filho!!!
Note-se que não sou uma fundamentalista da lei contra o aborto, até votei sim no referendo...
Mas o que se vive actualmente é uma inversão total de princípios, uma mistura de prioridades, cuja escala de relevância se alterou de forma incompreensível...
Pode-se, legalmente, fazer um aborto, pode-se, legalmente trocar seringas nas prisões quando a droga é proibida... FUMAR É QUE NÃO, porque fumar vai ser, a partir da meia noite, o pior dos pecados em Portugal!
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