(http://www.picarelli.com.br/fotolegendas/fotolegenda072005h.htm)Quando penso na concepção de um novo ser, idealizo um encontro romântico a anteceder, uma paixão descontrolada, dois corpos que se tornam em um, momentos de amor transcendente, felicidade suprema de alguém que quer dar continuidade ao que sente criando uma nova vida para além de si...
Mas, veio-me à cabeça um pensamento, parvo, é certo, mas lembrei-de disto, está a atormentar-me e tenho de partilhar a minha parvoeira:
Ser fruto de uma fertilização "in vitro" pode ser tão, ou mais traumatizante que descobrir, ao fim de muitos e muitos anos, que afinal se é adoptado!
Porque todo aquele cenário idílico, do romantismo, da paixão, dos dois corpos transformados em um, amor transcendente, blá, blá, blá... é substituído por uma ida do pai a um gabinete, com um frasquinho numa mão e um DVD da "Garganta Funda" na outra...
E isto, de se ser fruto de uma variante avançada da auto-satisfação, dá que pensar, perde-se o romantismo...